Santa Teresinha nos ensina a viver o martírio diário

A vivência da Pequena Via de Santa Teresinha

A vivência da Pequena Via de Santa TeresinhaSanta Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face é uma santa reconhecida como Doutora pela Igreja, e para o Carisma Filhos da Cruz é uma Baluarte. Marca expressivamente o carisma no que se refere ao martírio diário.

Teresinha descobriu um caminho inteiramente novo, uma pequena via que pode ser percorrida por qualquer pessoa. Trata-se de um caminho pela qual cada um torna-se uma oferta de amor a Deus nas pequenas coisas do dia-a-dia.  Descobriu o infinito valor do pequeno.

Ela dizia que não tinha forças para fazer a grandes obras heróicas, nem os feitos extraordinários dos santos famosos da Igreja, mas só conseguia fazer pequenas coisas. Porém, nessas pequenas coisas estava o segredo de sua santidade. Transformou o ordinário de sua vida em extraordinário.

“Pegar um alfinete caído no chão, com amor, produz fruto de santidade”

Santa Teresinha pode ser chamada como Doutora de Vida, pois durante seu caminho neste mundo deu uma lição de como bem viver. Entendeu que o que santifica as almas não é a grandiosidade dos atos, mas a intensidade com que cada ação é praticada, de maneira que uma pequena ação pode converter-se numa grande declaração de amor a Jesus e ao próximo.

Viveu profundamente o tomar a cruz no seguimento de Jesus.

Sua vivência do martírio acontece em três dimensões: no coração, na alma e no corpo.

Na dimensão do coração Teresinha teve que lidar com a morte da mãe, a entrada de sua irmã Paulina para o Carmelo, deixar o pai para seguir a vida religiosa, a doença e morte do pai, e também a difícil convivência com as irmãs no Carmelo.

Sua alma sofreu com os momentos de aridez e desolações, com as muitas dificuldades na oração, tanto que chegou a escrever: “Não creia que nado em consolações, não, a minha é não a ter sobre a terra”. Chegou a um determinado momento de sua vida a perder não só o gosto pela oração como também as consolações. Teve ainda no final da vida a tentação de não acreditar em Deus, a tentação da dúvida. Experimentou a noite escura de São João da Cruz.

Quanto ao corpo, Teresinha não morreu num campo de batalha, mas morreu com muitas dores por causa da gangrena dos intestinos e da tuberculose.

Apesar dos sofrimentos aprendeu a uni-los aos de Cristo na cruz, para torná-los assim sofrimentos redentores.

Com Santa Teresinha aprendemos que o presente é precioso, por isso é necessário uma tomada de consciência do valor único e insubstituível de cada minuto que se vive, seja de dor ou de alegria. Momento único que se pode amar a Deus e ao próximo. Sendo assim a santidade também está no tempo presente, como disse nosso Fundador. Está nos pormenores da vida hodierna.

Diácono Mário Antônio Caterina

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